terça-feira, 28 de julho de 2009

Parecer sobre a inclusão.

Parecer indica escola comum a deficientes
ANTÔNIO GOIS da Folha de S.Paulo, do Rio

Um parecer do Conselho Nacional de Educação --ainda não homologado pelo MEC-- que interpreta como obrigatória a matrícula de alunos com deficiências em escolas comuns reacendeu no Brasil a polêmica sobre os limites da inclusão, opondo entidades de defesa de pessoas com deficiência. O documento não tem força de lei, mas, caso homologado, servirá para orientar o MEC e os sistemas na interpretação da legislação já em vigor no país, especialmente no caso de distribuição de recursos do Fundeb (fundo de financiamento da educação básica). O parecer reforça a posição da Secretaria de Educação Especial do MEC que, apoiada por entidades, entende ser dever de pais e governo garantir matrícula de crianças deficientes em escolas comuns.
O atendimento em especiais seria complementar, no contraturno, e não substituiria o da rede regular. A Federação Nacional das Apaes divulgou na semana passada nota de repúdio ao parecer, dizendo que ele extrapola a legislação em vigor e que as escolas públicas ainda não estão preparadas para receber todos os alunos com deficiência.
O documento diz ainda que a Secretaria de Educação Especial do MEC agiu de forma "oportunista e tendenciosa" e que seu objetivo seria extinguir as escolas especiais. Em resposta, a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down fez abaixo assinado de apoio à resolução. Um dos argumentos é que, sob o pretexto de que as escolas públicas não estão preparadas, a matrícula em escolas especiais reforça a segregação e adia o processo de inclusão dos deficientes em classes regulares. Inclusão obrigatória - Pressionada pelas Apaes e outras entidades, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados pediu ao ministro Fernando Haddad que não homologasse o parecer. "Somos a favor da inclusão, mas não pode ser obrigatória e do dia para a noite. Nem todas as famílias concordam e há casos de deficientes intelectuais severos que, quando incluídos na escola comum, são prejudicados em seu desenvolvimento", afirma o deputado federal Eduardo Barbosa (PSDB-MG), presidente da Federação Nacional das Apaes.
"Há muito a avançar no atendimento na rede pública, mas estamos melhorando e cabe à sociedade cobrar mais.
O parecer apenas reforça um direito inquestionável, que está na Constituição e na convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência", diz Claudia Grabois, presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down. À Folha, o ministro Fernando Haddad afirmou que ainda não examinou o parecer, mas que não o homologará se entender que há conflito com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e com o decreto 6.571, de 2008, que trata do atendimento e financiamento da educação especial. "Estamos investindo neste ano R$ 200 milhões para preparar as escolas para receber esses estudantes", disse ele.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Um pouco sobre o autismo.

O Autismo é um transtorno global do desenvolvimento, ou seja compromete todo o desenvolvimento psiconeurológico e afeta a comunicação (linguagem), expressão e o convívio social. Na maior parte dos casos a pessoa apresenta o quadro de deficiência mental e predomina no sexo masculino em uma escala de 5/1 e a causa do autismo ainda não é conhecida.

Assim como todas as pessoas são diferentes umas das outras, as crianças autistas apresentam diferenças ente si, existem autistas mais sociais outros menos, por isso usamos o termo "Espectro Autista".
A Síndrome de Asperger, faz parte do espectro autista, mas diferente do autismo clássico a pessoa não apresenta atraso global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem.
Em muitos casos a criança apresenta maneirismos diferenciados e padrões anormais de fala. Em relação a fala, muitos autistas apresenta o que Ecolalia, ou seja, a criança repete o mesmo som, fala muitas vezes a mesma coisa, geralmente ela repete coisas que ouviu anteriormente.

O autismo pode aparecer em comorbidade com outra síndrome como por exemplo síndrome de Tourette, Transtorno Obsessivo Compulsiva (TOC), Transtorno de Déficit de Atenção e hiperatividade (TDAH) ou mesmo a Síndrome de Donw.

Existem muitos mitos em torno da questão do autismo e um deles é que eles se "isolam no seu próprio mundo" e isso não é verdade, pois o que ocorre com muitas crianças autistas é o fato deles não conseguirem iniciar e manter um diálogo ou uma brincadeira com outras crianças.


Alunos com autismo são geralmente quietos, podem ou não ficarem se balançando na cadeira, são adeptos a rotinas e em geral eles fazem toda a lição, mas apresentam dificuldades na comunicação tanto a fala como a escrita, de forma que quando lhe é solicitado que faça uma redação, é comum o aluno não conseguir se expressar, não pelo menos como esperamos que ele se expresse.